Um legitimo ícone da cultura do paraense o Rei dos Tambores Augusto Gomes Rodrigues nascido em 1916 na Vila de Careca deu inicio em sua carreira de musico no seio da Cultura Popular Brasileira no Terreiro da Negra Piticó na cidade de Ourém.
Aos doze anos de idade mudou-se sozinho para a Cidade de Capanema onde trabalhou como foguista e logo depois se mudou para capital onde se estabeleceu na Vila de Icoaraci neste período trabalhou na Base Aérea. Verequete trabalhou em diversas áreas para garantir sua subsistência, contudo a fase em que trabalhou na Base Aérea marcaria para sempre sua vida e mudaria seu nome que entraria na história da cultura paraense como Mestre Verequete.
Na Base conheceu uma jovem que o levou em um terreiro de macumba onde o Pai de Santo ao receber uma entidade começou a chamá-lo de Verequete e em uma roda de amigos de trabalho ao contar esta experiência seu nome de Batismo mudaria para “Chama Verequete”.
Já conhecido como Mestre animava as noites de sexta-feira arrastando uma multidão pelas ladeiras da cidade Velha, em que transportava todo seu misto de ritmo e prosa de carimbó no ano de 1970 grava seu primeiro disco de vinil depois deste gravaria ao todo dez discos e muito sucesso inclusive fora de terras paraenses, mas decidira por parar de cantar em 1985 encerrando a carreira motivado pelos enganos sofrido por parte de seus empresários.
Verequete acabou com o grupo Uirapuru e no hiato de tempo que seguiria até sua volta vendia churrasquinho na frente da Vila em que morava, incentivado pela mulher retorna em 1994. Entretanto sempre reclamava de seus direitos autorais que nunca foram recebidos, mas voltou cantar seu carimbó com toda a força de antes foi o ganhador de vários prêmios por sua obra.
Em 2002 com o Documentário “ Chama Verequete” foi receber a Menção Honrosa em Curitiba, logo após foi homenageado pela sua contribuição para divulgação do carimbó com o lançamento de uma coletânea com seus CDs e o DVD com o documentário. Verequete fez um show no Teatro da Paz que comemoraria o Título recebido de O Rei dos Tambores.
Mesmo depois de um AVC o Mestre ao subir nos palcos mostrava toda a potência de sua voz e nem sua limitação de saúde o impedia de dar um verdadeiro show, contudo seus esforços e seu brilhantismo não foram tão valorizados como deveriam pelos Governos Estaduais e Municipais. Verequete vivia em extrema pobreza e dependia apenas de uma pensão do INSS e somente após uma reportagem de uma TV local passou a receber uma pensão da Prefeitura de Belém. O Mestre acometido por uma grave pneumonia passando seis dias internado no Hospital Barros Barreto vindo a falecer dia 03 de novembro de 2009, data que marcará para sempre a perda de um grande personagem da história da cultura popular do Estado.
Sua memória permanecerá viva e sua obra ficará eternizada, O Rei dos Tambores se foi, mas seu canto jamais se calará.
“ O Carimbó não morreu, está de volta outra vez. O Carimbó nunca morre quem canta o carimbó sou eu.” Salve Mestre Verequete.